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Três acusados pela morte de agentes federais brasileiros já estão detidos
na sede da PF do Amazonas e cerco aos narcotraficantes continua com fechamento
das fronteiras
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As investigações da Polícia Federal do Amazonas já chegaram a três suspeitos
pela morte dos agentes federais Mauro Lobo e Leonardo Matsunaga, mortos quando
realizavam trabalho de combate ao narcotráfico em uma área de rota de tráfico
entre os municípios de Anamã e Anori, próximo à cidade de Codajás, a 240
quilômetros de Manaus.
Já prestaram depoimentos os acusados Gerson Hilário da Silva, 39,
preso na madrugada desta sexta-feira, que estava no barco com os traficantes
peruanos e os ribeirinhos João Batista Gomes dos Santos e o filho dele Délio
Nogueira dos Santos.
Gerson Hilário da Silva foi encontrado dormindo na mata, sobre um tapiri e
João Batista Gomes dos Santos e Délio Nogueira dos Santos foram detidos na
localidade de Matrinxã, em Codajás.
A polícia chegou até eles por meio de informações de moradores das
localidades onde foram presos.
Gerson Silva disse em entrevista a uma rádio local que estava arrependido de
ter participado do tiroteio. Ele acusou dois homens de identidade peruana de
terem atirado contra os agentes e disse que não chegou a usar a armas. Contou
também que ele e seu irmão foram contratados pelos traficantes peruanos para
transportar a droga e que não sabia o destino da carga.
João Batista e Délio Santos são considerados pela polícia como “olheiros de
rios” dos narcotraficantes. Responsáveis em dar cobertura aos traficantes, com
ajuda logística que inclui oferecer casa, comida e monitorar o
tráfego de embarcações policiais na área, a fim de sinalizar quando os
traficantes podem circular com a mercadoria sem qualquer problema.
Fronteiras fechadas
Com a morte dos policiais federais, de repecurssão nacional, questionamentos
sobre as condições de trabalho dos agentes versus potencial de armas do
tráfico, as polícias peruana e a federal brasileira fecharam as fronteiras até
a amanhã (20).
O objetivo é localizar os membros da organização criminosa que vem
atuando fortemente armada nas fronteiras do Peru- Brasil-Colômbia.
A iniciativa partiu o ministro do interior do Peru que tem à frente
o um general peruano no comando.
De acordo com o superintendente, aqui no Brasil a vigília é comandada pelo
agente federal Guttemberg em conjunto com o chefe da delegacia de
Tabatinga.
Superintendente Sérgio Fontes revelou também que as polícias peruanas e
brasileiras já sabem quem são os chefões da organização criminosa mas para não
pode revelar os nomes para não atrapalhar as investigações.